quinta-feira, 28 de agosto de 2008

"Brasil País Rico Nação Pobre"


Há algum tempo vivemos uma situação de exaltação nacionalista, o “sou brasileiro e não desisto nunca” ou o slogan de um hipermercado “orgulho de ser brasileiro”. Será que temos mesmo motivos para ficarmos orgulhosos do nosso país?

O brasileiro é um povo honesto” - Será que é mesmo?

Criticamos tanto nossos políticos, mas será que eles não são o nosso reflexo? O “jeitinho” brasileiro, marca registrada deste país, está enraizado em todas as classes sociais, credos, cor de pele, etc. Sempre tentamos levar vantagem em qualquer coisa, e tenho certeza que isso que faz com que fiquemos tão atrás do Primeiro Mundo, apesar de nossos recursos naturais e econômicos, que poderiam nos tornar, caso fossem bem aproveitados, um país auto-suntentável. O que adianta xingar o prefeito, o deputado, o vereador, o presidente sendo que não conseguimos nem mudar a nossa própria vida… vamos buscar uma mudança interna primeiro, uma reavaliação dos nossos valores, da nossa honestidade… se eu, você, nossa família, nossa vizinhança, nosso bairro, nossa cidade começar a mudança, o país será outro dentro de pouco tempo. Vamos buscar o menor primeiro, pois o maior é conseqüência.

Por fim, a participação brasileiras nas Olimpíadas de Pequim 2008. É muito triste ver as pessoas criticando os atletas por não terem trazido mais medalhas de ouro, sem nem ver ao menos as condições adversas que eles encontram para fazer o seu esporte: falta de estrutura, falta de investimentos, falta de apoio das confederações nacionais, por tudo isso, só por concorrer nas mais variadas modalidades, esses atletas são heróis. Mais lamentável ainda é esse orgulho que o brasileiro tem, que não reconhece um oponente melhor, um adversário melhor preparado, um dia com uma performance abaixo do esperado e sempre culpam a arbitragem, o tempo, a formiga que estava passando no momento, os campeonatos que são vendidos para a máfia e para os patrocinadores… A primeira qualidade que um vencedor deve ter: aprender a valorizar a derrota.

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